O mito do Pato à Pequim
Um casal decidiu deixar a filha na avó e ir jantar a um restaurante chines…
– Já sei o que vou jantar. – Disse Artur.
– E eu vou arriscar em adivinhar o teu pensamento.
– Podes tentar, mas será em vão.
– Estás a pensar em Pato á Pequim.
– Acertaste.
– Da ultima vez que cá estivemos disseste, “- Para a próxima vou provar o Pato á Pequim .”
– Foi? Não me recordo.
Artur chamou a simpática senhora.
– Já sabem o que vão jantar?
– Já, vamos jantar os dois Pato á Pequim, visto só termos ouvido dizer bem dessa iguaria.
Não se passaram mais que vinte minutos para que a senhora pousasse uma travessa bem recheada com Pato á Pequim, acompanhada de duas taças de arroz.
– Bom apetite.
Disse a simpática senhora, que agora já se afastava com um passo muito miudinho, para deixar o casal jantar em armonia no ambiente das velas.
– Este pato com arroz está divinal, mas dizem que o que dá muito sabor a este tipo de pato, é a pele bem passada ligeiramente queimada .
Afirmou Artur.
– Neste caso, não é a pele que dá o sabor, porque este pato não tem pele!
Exclamou a Patrícia para logo de seguida trincar algo muito duro.
Algo tão duro que fez com que lascasse um pouco de dente da sua forte dentição.
Por instinto e com o pânico engoliu.
O que quer que fosse.
Engoliu.
Agora as dores já não eram apenas nos dentes, mas também no abdómen.
Artur não pensou.
Apenas reagiu.
Pegou na sua esposa e saiu, pela porta fora do restaurante derrubando algumas cadeiras pelo caminho.
Hospital.
Radiografar o abdómen seria o primeiro passo a dar após uns pequenos exames preliminares .
Uma cápsula.
Era exactamente o formato duma cápsula que estava a causar exuberantes dores no abdómen da Patrícia .
Passados alguns minutos, já ela se encontrava no gabinete de endioscopia , com uma sonda entrando-lhe pela garganta, e que finalizava no estômago.
Volvidos sete minutos e meio, já a dita cápsula havia sido retirada .
Não era uma cápsula.
Não era um ferro.
Não era um vidro.
Era um Chip.
Um Chip de identificação animal.
Cinco dias passaram.
E como tinham apresentado queixa na policia, era tempo de passar na esquadra para saber o resultado da identificação do Chip .
O chip pertencia a um Cão de raça PittBull de côr branca com o nome de Fight cujo dono era de nacionalidade Portuguesa.
Procurado pelas autoridades pelo facto do respectivo animal ter atacado uma cidadã de origem oriental, encontrava-se agora a monte procurado pelas autoridades .
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por Henriqueseis